Mais uma vez Hitchcock decide adaptar para o cinema uma peça teatral, compartilhando esse trabalho com a sua esposa Alma Reville. Este filme que não esconde, por um lado as suas origens teatrais, já que a ação se passa em dois locais precisos: a casa abandonada e a perseguição no trem. Não esqueçamos do uso de maquetes e miniaturas elétricas, antepassados dos atuais efeitos especiais. Numa noite acoitada pelos ventos, vemos um chapéu a rolar pelo passeio, até parar à porta da casa número 17. Uma moça, que pertence a uma quadrilha de ladrões, enamora-se de um policial que está investigando a quadrilha. Quando eles se interam, tentam assassiná-la. A jovem consegue escapar, e refugia-se com seu amado na casa de número 17, em uma rua dos subúrbios londrinos. Um dos melhores filmes de suspense da primeira etapa de Hitchcock (fase inglesa), com forte presença dos elementos românticos. Diálogos vibrantes e uma vertiginosa sequência final. Obra-prima do mestre.