Canto, dança, tambores, bandeiras, roupas coloridas e uma imagem da Nossa Senhora do Rosário. Esses são alguns dos elementos que fazem parte da manifestação cultural do grupo Catumbi para homenagear a santa. O folguedo afrobrasileiro é realizado todos os anos, desde 1854, na semana do Natal, e se mantém até hoje no distrito de Itapocu, em Araquari, no norte de Santa Catarina. O Catumbi de Itapocu é um dos últimos grupos a sobreviver ao tempo, revelando um marco de resistência e organização cultural. A tradição foi trazida para a localidade pelos ex-escravos Antonio Criolo e Manuel Bangala, e figuras como o ex-capitão José Marcelino Maria contribuem para que o costume seja passado para as futuras gerações. O documentário traz algumas questões curiosas sobre o Catumbi, como a sua composição, que não permite que mulheres dancem – apenas carreguem a bandeira, e mostra que a própria história do grupo ainda é uma grande incógnita, pois não se sabe de onde vieram os escravos fundadores, quando chegaram à região e nem a origem dos lugares onde são entoados. A expansão para além do campo religioso, a consequente folclorização do grupo e o Catumbi Mirim da Escola, grupo inspirado no Catumbi de Itapocu, também são pontos abordados. O vídeo, apresentado em dezembro de 2012, é o trabalho de conclusão de curso do aluno Paulo Ricardo Vitorio Junior.