O curta-metragem relata a história de Antônio, assediado pelo torturador de seu pai, morto nos porões da ditadura militar. A obsessiva perseguição inicia-se virtualmente. As frequentes mensagens no computador apresentam enigmas que reproduzem a perseguição ao seu pai. Angústia multiplicada em razão da frieza calculada do carrasco que envia mapas e frases inacabadas repetindo o passado e os labirintos que sugerem a presença do pai desaparecido. O filme propõe a discussão sobre os sistemas ditatoriais constituídos de tempos em tempos, sem relatar fatos históricos, preocupando-se com as suas consequências sobre o homem de hoje. Busca entender a passividade diante da perversidade.
O curta é dirigido por Maria Emília de Azevedo, com roteiro de Marcelo Esteves, com produção executiva de Zeca Pires. No elenco Sérgio Bellozupko e Reynaldo Grankow. O “texto do pai”, escrito por Dennis Radünz, é apropriado pela voz de Antônio Celso dos Santos.